domingo, 22 de julho de 2012

A Águia e a Galinha: Uma Metáfora da Condição Humana.


"Um camponês criou um filhotinho de águia junto com suas galinhas. Tratando-a da mesma maneira que tratava as galinhas, de modo que ela pensasse que também era uma galinha. Dando a mesma comida jogada no chão, a mesma água num bebedouro rente ao solo, e fazendo-a ciscar para complementar a alimentação, como se fosse uma galinha. E a águia passou a se portar como se galinha fosse,embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de alguns anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Isto não é uma galinha, é uma águia!
De fato – Disse o camponês. É águia. Mas eu criei como galinha. Ela não é mas uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.

- Não – Retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia, pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar ás alturas.

Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.O camponês comentou: 

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: 

- Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe! Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.

O camponês sorriu e voltou à carga: 

- Eu lhe havia dito, ela virou galinha!

O naturalista disse: 

- Amanhã, veremos...

No dia seguinte, logo de manhã, eles subiram até o alto de uma montanha. O naturalista levantou a águia e disse:

- Águia, veja este horizonte, veja o sol lá em cima, e os campos verdes lá em baixo, veja, todas estas nuvens podem ser suas. Desperte para sua natureza, e voe como águia que és... 

A águia começou a ver tudo aquilo, e foi ficando maravilhada com a beleza das coisas que nunca tinha visto, ficou um pouco confusa no inicio, sem entender o porquê tinha ficado tanto tempo alienada. Então ela sentiu seu sangue de águia correr nas veias, perfilou, de vagar, suas asas e partiu num vôo lindo, até que desapareceu no horizonte azul."


Autor: James Aggrey 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Só eu preciso saber...

Gosto de como ela dança quando sai da boca...
Lembro do charme da palavra movimentando os lábios...
Saudades. Não mágoa.
Lembrança...

Lembro da alegria de estar com ele;
da afinidade, ausência de responsabilidade...
Lembrança...

Quando ela [outra] fala neles,
e eu rio, diversão...
Quando ela fala na fibra da palha,
Onde ele trabalha.

Ela fala, cala, canta, ri.
Ela sabe que encanta,
Sabe seduzir...

Só eu preciso saber
do encanto, sentimento...

A delícia de falar, escrever, recitar...
É doce saber que não é um ponto,
é o conjunto.

Só eu preciso saber,
viver, sentir, amar...

O toque muda.
Os olhos mudam.
A boca ri.

terça-feira, 24 de abril de 2012

O ABRIDOR DE LATAS
Pela primeira vez no Brasil um conto escrito inteiramente em câmera lenta
Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:
- Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia dessa vida?
- Formidável - disse a tartaruguinha mais nova 12 depois - vamos fazer um pique-nique?
Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o pique-nique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinha e várias dúzias de refrigerante, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um pique-nique.
- Ah - disse a tartaruguinha, 8 anos depois - excelente local este!
Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas. Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.
- Está bem - concordou a tartaruguinha três anos depois - mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar. Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu. Passaram-se cinqüenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada. Mais 8 anos e nada ainda. Afinal uma das tartaruguinhas murmurou:
- Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem?
As outras concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Aí outra tartaruga disse:
- Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará.
As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, 15 anos depois, acharam que deviam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse:
- Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.
Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu:
- Ah, murmurou ela - eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora não vou buscar mais o abridor, pronto!
Fim (30 anos depois)

Fonte: MillorFernandes

sexta-feira, 30 de março de 2012

Meu Mês

Sim. Sou possessiva. O mês é meu. pronto. Acabou-se. Não se fala mais nisso.
Quando penso em Março, sinto alguma coisa magna a respeito da minha energia. Tudo o que estava acabando, esvanecendo, parece renascer dia 10. Meu conceito de aniversário tem algo de diferente. Aniversariar é "passar de fase", começar um novo ciclo. Onde podemos (eu posso) rever minha vida com auxilio de amigos ou só; refazer meu caminho; reformular conceitos. 
Agradeço a Deus todos os dias por me dar a capacidade de renovação e utilizo minha data limite nesse mês abençoado!

Então! Que comece o novo ciclo!

quinta-feira, 29 de março de 2012

NOVO!

Só pra registrar que o Blog tá ganhando novo rosto, maaaaaaaas ainda não acabou... Beijooo!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

.G.

Eu só queria poder perguntar pra quem saiba...

É assim mesmo que acontece?

Eu só queria entender se um dia acaba, ou nós acamamos nos acostumando...

Eu só queria saber se a dor passa e as lembranças boas ficam...

Eu só queria saber se um dia vou te ver de novo...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Ai! Se sêsse!...

Se um dia nós se gostasse; 

Se um dia nós se queresse; 

Se nós dos se impariásse, 

Se juntinho nós dois vivesse! 

Se juntinho nós dois morasse 

Se juntinho nós dois drumisse; 

Se juntinho nós dois morresse! 

Se pro céu nós assubisse? 

Mas porém, se acontecesse 

Qui São Pêdo não abrisse 

As portas do céu e fosse, 

Te dizê quarqué toulíce? 

E se eu me arriminasse 

E tu cum insistisse, 

Prá qui eu me arrezorvesse 

E a minha faca puxasse, 

E o buxo do céu furasse?... 

Tarvez qui nós dois ficasse 

Tarvez qui nós dois caísse 

E o céu furado arriasse 

E as virge tôdas fugisse!!! 

Zé da Luz

domingo, 1 de janeiro de 2012